O índice de infestação predial na capital potiguar é de 2,8% no primeiro bimestre, mas pode ser maior. O primeiro dos seis ciclos programados para ocorrer durante o ano ainda não foi concluído. O chefe da Divisão de Controle da Dengue em Natal, Lúcio Pereira, explica que o trabalho foi iniciado somente em fevereiro após sanadas pendências com equipamento de segurança pessoal dos agentes de endemia, entre eles o fornecimento de protetor solar. “Teremos uma nova leitura a partir da próxima semana epidemiológica com a normalização do serviço”, disse Pereira.
Ao todo, 388 agentes de endemia estão incumbidos de cobrir 339 mil imóveis em Natal, com visitas a cada dois meses (seis ciclos). No ano passado foram realizados quatro deles. Cerca de 17% dos imóveis não chegam a ser visitados, segundo estimativa do chefe da Divisão. “Temos um trabalho de tentar notificar os proprietários de imóveis fechados e somente quando não conseguimos, por mais de um ciclo, é que nos valemos de chaveiros para entrar neles”, disse.
Por ora, está descartado o uso de carros fumacês, segundo Pereira. Apesar do estado de alerta, a necessidade do equipamento é definida caso ocorra aumento na incidência dos casos. No primeiro bimestre foram 123 notificações, com um óbito ainda não confirmado. “Não há sinalização de epidemia, claro que o quadro pode evoluir, a ocorrência é sazonal”, disse ele.
A situação mais crítica em relação a exposição ao risco de contaminação está em Areia Preta, zona Leste da capital, seguido por Neópolis e Lagoa Nova. Imóveis fechados, lixos e água represadas tem facilitado a proliferação de criadouros do mosquito.
O número de casos da dengue registrados no Estado, no primeiro bimestre deste ano (1.203) teve queda de 56% se comparado ao mesmo período do ano passado - 2.762. Apesar da redução, os dados causam preocupação com a chegada do período chuvoso. As cidades com maior incidência foram Parelhas com 276 casos, seguido por Rafael Fernandes e Natal. “A redução se deve à resposta que o Estado tem dado nos procedimentos de combate e acompanhamento e mesmo pelo ciclo da dengue, que é sazonal”, explica a coordenadora do programa estadual de controle da dengue, Silvia Dinara Alves.
De acordo com ela, circulam no RN os tipos 4, 2 e 1. A inserção do subtipo 4 trouxe de volta a preocupação com um novo surto. “A gravidade está em a pessoa infectada por um dos sorotipos, poder vir a contrair os outros três. E cada vez que contrai a doença, há mais possibilidade de ocorrer um caso mais grave”, explica Dinara.
Tribuna do Norte
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